sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Lágrimas...



Meu nome era LÁGRIMAS, eu vegetava, não me sentia feliz nunca, 
pois acreditava que a felicidade estava no outro, quando ela estava o tempo inteiro dentro de mim mesma,
e eu cega não a enxergava. As lágrimas me acompanhavam em todos os lugares, no trabalho, na rua, no ônibus, 
em casa, e no meu quarto ela me sufocava.
Essas mesmas lágrimas insistiam em correr pelo meu rosto, me deixando desfigurada, com aparência sempre triste e desolada,
As pessoas sentiam pena de mim, as vezes raiva por não entenderem aquela desilusão, era como se nada mais no mundo me fizesse sentido
e aquelas lágrimas fossem a minha mais intima companheira,
Nada me fazia feliz a não ser a esperança de ter aquele objeto de desejo comigo, como se ele fosse a felicidade eterna,
e não era nem nunca foi, e foi necessário passar por tantas dores, tanto sofrimento psicológico para entender isso,
Pois a felicidade sempre esteve dentro de mim e quando passei a enxerga-la, entendi que aquelas lágrimas serviram
sim, não para que eu ficasse mais esquisita, mas sim para que eu pudesse me entender um pouco mais, 
e ver que não dependemos de ninguém para nos sentirmos felizes,
Hoje eu aprendi a deixar a felicidade fluir de dentro para fora, hoje entendo muito mais o mundo, e assim me libertei
do sufocamento que invadia a minha alma, e consequentemente um novo amor veio junto para me mostrar que a felicidade
tem vários endereços e um deles agora é o meu coração!
A vida é bela, não perca tempo chorando pelo que não tem volta, o que você merece estar por vir, ame-se!


Joseane Costa de Andrade
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