terça-feira, 12 de março de 2013

Carta de Uma Mãe Ausente...



Porque eu me perdi por amor, por amor me doei, enquanto vivi, respirei o amor. Meu vicio foi viver esse amor, deixei de viver meus melhores dias, não pude conviver com o ser que mais desejei.
Fiquei perdida sem entender o porquê de não ter merecido viver com minha preferida...
Fui ter-me com as estrelas, enquanto o pedaço de mim jazia sem minha proteção, sem meu conforto, sem meu amparo...
Porque aconteceu assim? Penalizo-me por ela, pois deixou de viver o meu amor, de sentir-se protegida pelo meu afeto, ficando exposta ao medo, jogada aos restos, desprezada como se fosse culpada pela minha ausência.
Eu fui para os braços do Pai, mas infelizmente ela não foi protegida o suficiente pelo dela, o básico não faz a personalidade do outro, o que lhe faltou foi o afago, a ternura, o acolhimento, o guiar, a demonstração da sensibilidade pelo fato de ser-lhe órfã de mãe, de mim que fui embora, sem me despedir, sem sentir que era o momento, desejando tê-la em meus braços, acarinhar-lhe os cabelos, dizer-lhe o quanto é importante para mim.
O que eu lhe diria hoje: Filha Feliz Aniversário, embora seu dia de chegada lembre sempre a minha partida!
Te Amarei Eternamente!

Joseane Costa de Andrade
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